Angola esta sob tortura sangrenta, sequestro e matanças perpetuada pela máfia chinesa, que actua em Luanda no casino do hotel Fortune.
Uma rede de sequestradores chineses foi desmantelada, sexta-feira última, no Hotel Fortune, localizado no interior do centro comercial Diamond Black, na via expresso Benfica/Kilamba, pelos Serviços de Investigação Criminal (SIC), depois de uma denúncia de uma acção de espancamento e cárcere privado de que foi alvo um funcionário, que negou a apagar os vídeos de uma acção de rapto.
Segundo o jornal Crime, a acção policial teve lugar na sexta-feira, 12, depois da Polícia Nacional ter sido alertada de uma acção de espancamento, cárcere privado e possível rapto de cidadãos chineses que frequentavam o casino do Hotel Fortune.
“Durante aquela operação policial foi possível a detenção de mais de 10 cidadãos chineses, entre eles, Lou Tian, gerente do referido hotel, possivelmente, o rosto mais visível da quadrilha”, contou uma fonte deste jornal, que por temer represálias preferiu falar sob anonimato.
De acordo com a fonte, Lou Tian e o seu grupo tinha um ‘modus operandi’ especifico para com as suas vítimas. “Depois destes cidadãos, maior parte deles chineses, jogarem no casino e ganharem avultadas somas em dinheiro, à saída, eram assaltados e muitas vezes sequestradas”, contou, para depois dizer que além do dinheiro que era surripiado das vítimas, a quadrilha ainda exigia mais dinheiro para soltá-los.
Ao que disse, quase todos os implicados na denúncia que culminou com a acção policial naquele estabelecimento, com vista ao desmantelamento daquela rede de malfeitores, nos últimos dias, estão a ser vítimas de ameaças de morte. Por este facto, solicitam a intervenção das autoridades competentes no sentido de voltar a deter tais indivíduos, “porque muitos deles já foram, inclusive soltos a pretexto de residência fixa e apresentação na DPIC de 15 em 15 dias”.
Ao que soube O Crime, no local dos acontecimentos, dos detidos apenas dois outros cidadãos chineses continuam sob custódia policial, por segundo disseram algumas testemunhas, estarem indiciados noutros casos.
“Mas ficamos a saber que foi possível a apreensão de mais de 50 milhões de Kwanzas e também dólares Norte-americano”, contaram sem rodeios, acrescentando que durante a sua retirada, os agentes policiais diziam que a par do dinheiro apreendido, existiam notas de dinheiro falso”, denunciaram.
Queriam encobrir um rapto
A agressão física perpetrada contra Yao Zhonghua, no passado dia 26 de Dezembro do ano transacto foi a gota de água que fez despoletar a acção policial realizada no Hotel Fortune sexta-feira última.
Tudo porque, segundo a vítima que desempenhava as funções de supervisor de câmara na sala de vigilância do referido hotel e que tinha como missão controlar todo o circuito de segurança, quer seja do interior e também da parte exterior do hotel, disse que a agressão foi em virtude de não ter aceite a ordem do gerente de apagar a fita com os vídeos daquele dia do rapto de uma mulher chinesa a saída do hotel.
“O Mr. Lou Tian ordenou-me que apagasse todos os registos do dia do incidente, e eu disse-lhe que seria impossível porque o arquivo era muito grande. Irritado, ordenou o meu espancamento”, explicou, para depois dizer que além do espancamento Lou Tian teria decretado também a sua morte.
“Foi nesta senda que, depois de ter sido brutalmente espancado por mais de 20 indivíduos, entre chineses e angolanos a mando de Lou Tian, fui posto em cativeiro, durante três dias”, sustentou.
Ao que disse, não tendo sido possível a sua morte, supostamente devido a pressões que amigos seus estariam a fazer junto ao seu empregador, Yao Zhonghua foi remetido à esquadra do Benfica acusado de agressão e dois dias depois curiosamente sem ser ouvido pela procurado junto daquela divisão policial foi levado ao Tribunal Municipal do Kilamba Kiaxi, onde acabou absolvido por falta de provas que sustentassem a acusação feita pelo advogado de Lou Tian.
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