KILAMBA: Cidadãos estão abandonar os apartamentos em virtude dos gastos elevados

Uma reportagem feita pelo jornal OPAÍS, aponta que viver nas centralidades do Kilamba e do Sequele, em Luanda, custa mensalmente, ao bolso dos moradores, mais de 200 mil Kwanzas, com despesas inerentes ao pagamento da renda, transporte, manutenção dos apartamentos, entre outros encargos.

Segundo relatos dos moradores, os gastos vão no pagamento de taxas de condómino, televisão, creche e escola, para além dos valores empregues no salário de trabalhadores domésticos.

Um dos moradores, Mário Manuel, da centralidade do Sequele, disse que a situação piorou este ano, em virtude das subidas da mensalidade da água e da luz, principalmente para os que residem em apartamentos onde não estão instalados os equipamentos de sistema pré-pago.

Os gastos com o combustível representa outra situação que os tem deixado agastados, devido à longa distância percorrida do local de trabalho até à urbanização, acrescentando que chega a gastar mais de 30 mil kz para este fim, por mês.
Em razão os valores incalculáveis implicados, muitos moradores abandonaram as suas residências tendo regressado aos antigos bairros, sendo que outros ponderam seguir o mesmo caminho, justificando que “as centralidades são presentes envenenados”, argumentam.

Outra razão que concorre para o abandono das centralidades é a instituição de novos impostos de carácter obrigatório, como é o caso do seguro habitação.

Por esta razão, realçaram que é mais económico voltar à procedência e arrendar os apartamentos para ilibar-se dos constantes constrangimentos.
A reportagem, constatou que muitos moradores rescindiram contratos com os trabalhadores domésticos para diminuir as despesas mensais.

fonte: opaís