Um cidadão perdeu a vida na cidade do Lubango depois de um agente da Ordem Pública da Polícia Nacional ter impedido que o mesmo fosse socorrido por uma equipa do INEMA que passavam pelo local.

Segundo Lázaro David Segunda, membro do INEMA – Huíla, a sua equipa auto-transportada regressava de uma missão num evento desportivo, Segunda-feira, 29 de Agosto, quando se deparou com a ocorrência e agiu imediatamente, observados sinais vitais da vítima. Para espanto da equipa de socorristas, um agente da ordem pública que se encontrava no local e que declarou ter assistido a ocorrência, impediu a equipa do INEMA de tocar na vítima, alegadamente porque “tinha acabado de accionar a Policia de Investigação Criminal”.

“Por volta das 19 horas, regressando da sessão de treinos dos 200 km da corrida da Nossa Senhora do Monte, deparámo-nos com um acidente entre um automobilista e um veículo que se tinha posto em fuga. Queríamos prestar socorro ao jovem quando o agente nos impediu dizendo que não se podia mexer nele até que a chegada da Polícia de Investigação Criminal chegasse”, contou Lazaro David Segunda à reportagem da Rádio Mais na cidade do Lubango.

O socorrista revelou que “ficou chocado” com o cenário e as circunstâncias a que estava a ser forçado, contrariando todos os princípios e regras ético-deontológicas que assimilara no exercício do seu ofício. “Ser impedido de actuar em socorro da vítima foi horroroso. Mantive-me no local até que chegou a Polícia de Investigação Criminal. Decorreram aproximadamente 15 minutos e quando me permitiram tocar na vítima, fui tirar o pulso e infelizmente tinham desaparecido os sinais vitais” descreveu David Segunda.

O director do INEMA no Lubango, Paulo Luvangamo, também disse à Rádio Mais/Huíla que a sua instituição tem uma relação privilegiada com PNA, pelo que não entende o que se terá passado para que os seus homens tivessem sido impedidos de execer a sua actividade. “Penso ser uma acção isolada. Os agentes da ordem vão à rua com orientações específicas, mas o problema pode estar na interpretação. Infelizmente, foi a mais triste e equivocada interpretação que um agente da Ordem Pública podia fazer naquele momento”, lamentou o responsável.

Segundo o responsável do INEMA – Huíla, a missão de salvar vidas algumas vezes tem disponível uma janela que pode ser de alguns segundos a um minuto. “Se foi possível esperar pela Polícia por cerca de 15 minutos, era tempo de sobra para abordar a vítima, canalizá-la e fazer imediatamente a devida medicação. O indivíduo morreu na rua porque à equipa não foi permitido actuar, é uma atitude triste”, contou desolado o responsável. O porta-voz da Polícia Nacional na Huíla, Paiva Tomás, confirma a ocorrência e esclarece que a sua instituição não está munida de meios para prestar primeiros socorros.

Segundo o oficial da corporação, os dados em posse da sua instituição apontam para “morte imediata da vítima” refutando o argumento de que o homem do INEMA terá sido impedido de prestar socorro. “Estamos em crer que naquele instante não se encontrava ninguém no local, porque, por exemplo, ninguém nos consegue falar com exactidão da cor e matrícula do veículo. Segundo o que nos constou, é que o jovem tinha morrido subitamente, tanto mais é que o seu corpo ficou preso na motorizada e uma das partes que mais sofreu foi o crânio”, comentou o porta-voz da Polícia.

O agente das autoridades refugia- se no argumento de que o estado da vítima (documentado através de fotografias) deixava transparecer que o jovem já estava sem vida. “Os agentes no local tiveram a percepção de que o jovem tinha morrido subitamente, pelo que preferiram ligar para o piquete da Investigação Criminal no sentido de fazer o certificado de que o jovem tinha perecido por acidente de viação. Isto é o que apuramos como dados”, contou Paiva Tomás à reportagem da Rádio Mais Lubango.

Por telefone, OPAIS rebateu a versão apresentada pela Polícia Nacional na Huíla. O primeiro questionamento foi no sentido de se a Polícia desmentia a versão do INEMA. “Não estamos a desmentir o INEMA, mas temos a nossa versão. E acreditamos nela”. O porta-voz promete buscar mais esclarecimentos localizando o presumível agente que terá impedido que a equipa do INEMA confrontasse os dois depoimentos com ajuda da área de Investigação Criminal.

Aquela autoridade reconhece que a declaração da morte de qualquer individuo é da competência de um corpo médico “mas a Polícia intervém para fins de Invstigação Criminal ou esclarecimento das causas”. Acrescentou que tem a convicção de que o agente da autoridade não podia recusar socorro à vitima porquanto, “a formação policial que o mesmo recebeu contém conhecimento sobre os procedimentos a tomar nessas circunstâncias”.Um cidadão perdeu a vida na cidade do Lubango depois de um agente da Ordem Pública da Polícia Nacional ter impedido que o mesmo fosse socorrido por uma equipa do INEMA que passavam pelo local.


Segundo Lázaro David Segunda, membro do INEMA – Huíla, a sua equipa auto-transportada regressava de uma missão num evento desportivo, Segunda-feira, 29 de Agosto, quando se deparou com a ocorrência e agiu imediatamente, observados sinais vitais da vítima. Para espanto da equipa de socorristas, um agente da ordem pública que se encontrava no local e que declarou ter assistido a ocorrência, impediu a equipa do INEMA de tocar na vítima, alegadamente porque “tinha acabado de accionar a Policia de Investigação Criminal”.

“Por volta das 19 horas, regressando da sessão de treinos dos 200 km da corrida da Nossa Senhora do Monte, deparámo-nos com um acidente entre um automobilista e um veículo que se tinha posto em fuga. Queríamos prestar socorro ao jovem quando o agente nos impediu dizendo que não se podia mexer nele até que a chegada da Polícia de Investigação Criminal chegasse”, contou Lazaro David Segunda à reportagem da Rádio Mais na cidade do Lubango.

O socorrista revelou que “ficou chocado” com o cenário e as circunstâncias a que estava a ser forçado, contrariando todos os princípios e regras ético-deontológicas que assimilara no exercício do seu ofício. “Ser impedido de actuar em socorro da vítima foi horroroso. Mantive-me no local até que chegou a Polícia de Investigação Criminal. Decorreram aproximadamente 15 minutos e quando me permitiram tocar na vítima, fui tirar o pulso e infelizmente tinham desaparecido os sinais vitais” descreveu David Segunda.

O director do INEMA no Lubango, Paulo Luvangamo, também disse à Rádio Mais/Huíla que a sua instituição tem uma relação privilegiada com PNA, pelo que não entende o que se terá passado para que os seus homens tivessem sido impedidos de execer a sua actividade. “Penso ser uma acção isolada. Os agentes da ordem vão à rua com orientações específicas, mas o problema pode estar na interpretação. Infelizmente, foi a mais triste e equivocada interpretação que um agente da Ordem Pública podia fazer naquele momento”, lamentou o responsável.

Segundo o responsável do INEMA – Huíla, a missão de salvar vidas algumas vezes tem disponível uma janela que pode ser de alguns segundos a um minuto. “Se foi possível esperar pela Polícia por cerca de 15 minutos, era tempo de sobra para abordar a vítima, canalizá-la e fazer imediatamente a devida medicação. O indivíduo morreu na rua porque à equipa não foi permitido actuar, é uma atitude triste”, contou desolado o responsável. O porta-voz da Polícia Nacional na Huíla, Paiva Tomás, confirma a ocorrência e esclarece que a sua instituição não está munida de meios para prestar primeiros socorros.

Segundo o oficial da corporação, os dados em posse da sua instituição apontam para “morte imediata da vítima” refutando o argumento de que o homem do INEMA terá sido impedido de prestar socorro. “Estamos em crer que naquele instante não se encontrava ninguém no local, porque, por exemplo, ninguém nos consegue falar com exactidão da cor e matrícula do veículo. Segundo o que nos constou, é que o jovem tinha morrido subitamente, tanto mais é que o seu corpo ficou preso na motorizada e uma das partes que mais sofreu foi o crânio”, comentou o porta-voz da Polícia.